5 erros que empresas cometem durante uma crise – e como evitar todos eles
- Gestão de Crise Prática GCP
- 7 de abr.
- 5 min de leitura
Vivemos em um cenário onde as crises são cada vez mais frequentes, imprevisíveis e potencializadas pelas redes sociais. Para empresas de todos os portes, estar preparado para o inesperado não é mais um diferencial — é uma exigência do mercado e da sociedade. E embora a origem da crise possa estar fora do controle da empresa, a maneira como ela responde define o tamanho do dano.
Neste artigo, você vai entender quais são os cinco erros mais comuns cometidos por empresas em momentos de crise — e, mais importante ainda, como evitá-los com ações práticas e estratégias bem estruturadas.
O que caracteriza uma crise corporativa?
Antes de mais nada, é importante esclarecer: nem todo problema é uma crise. Crises são eventos que ameaçam a reputação, a operação ou a existência da organização, geralmente com impacto direto em múltiplos públicos: clientes, imprensa, investidores, colaboradores e sociedade em geral.
Uma crise pode começar com um acidente, uma denúncia, um erro operacional, uma falha de produto, uma campanha mal planejada, uma fala polêmica de um porta-voz... e, claro, ganhar proporções enormes em questão de horas com a viralização nas redes sociais e o ritmo acelerado da imprensa.
E quando ela chega, o tempo para reagir é curto. Por isso, evitar os erros abaixo pode significar a diferença entre sair fortalecido — ou sair do mercado.
1. Negar a gravidade da situação
Este é, talvez, o erro mais comum e mais destrutivo: minimizar os riscos e acreditar que a crise vai "se resolver sozinha". Quando líderes negam a gravidade do que está acontecendo, deixam de agir nos primeiros momentos — exatamente quando a resposta rápida poderia conter os danos.
Muitas empresas entram nesse modo defensivo por medo de exposição ou por insegurança jurídica. Mas essa hesitação, na maioria dos casos, só alimenta o problema. Enquanto a empresa se cala, a narrativa pública é formada por especulações, críticas e versões externas.
Como evitar:
Desenvolva protocolos de resposta rápida com autonomia para o comitê de crise agir.
Trabalhe a cultura interna para que os líderes saibam identificar sinais de alerta e levem esses sinais a sério.
Tenha uma linha direta de comunicação com a alta liderança, capaz de acelerar decisões em situações críticas.
2. Demorar para agir
Em uma crise, tempo é tudo. A lentidão na tomada de decisões e na comunicação pública pode custar caro. Enquanto a organização debate internamente o que fazer, a imagem já está sendo deteriorada na internet, nos grupos de WhatsApp e nos veículos de imprensa.
É preciso entender que, durante uma crise, o tempo não corre em ritmo normal. Um silêncio de duas horas nas redes sociais pode ser interpretado como omissão. Um dia sem posicionamento pode ser um convite para que concorrentes e críticos dominem o debate.
Como evitar:
Tenha um plano de comunicação de crise pronto, com modelos de posicionamento adaptáveis.
Treine sua equipe de forma recorrente para saber quem fala, o que fala e quando fala.
Crie cenários simulados regularmente, como parte do preparo estratégico.
3. Falar sem estratégia
A comunicação em momentos de crise deve ser rápida, clara e estratégica. Muitos erros acontecem quando a empresa solta uma nota genérica, mal redigida ou insensível — ou pior: quando diferentes áreas se pronunciam de formas contraditórias.
O público, hoje, é altamente crítico e sensível a qualquer ruído na comunicação. E acredite: não dizer nada é ruim, mas dizer qualquer coisa pode ser ainda pior. A falta de empatia, a linguagem jurídica ou excessivamente técnica e a ausência de responsabilidade são erros fatais nesse momento.
Como evitar:
Defina com antecedência porta-vozes treinados, preparados para lidar com a mídia e com o público.
Alinhe mensagens-chave com todos os setores envolvidos, evitando ruídos internos.
Sempre revise os comunicados com um olhar externo: "Se eu fosse o público, como entenderia essa mensagem?"
4. Ignorar as redes sociais
As redes sociais não são mais canais paralelos — elas são o principal termômetro e amplificador de uma crise. Ignorá-las ou subestimá-las é abrir mão de entender a temperatura da opinião pública e de se posicionar onde as conversas estão realmente acontecendo.
Empresas que centralizam tudo na assessoria de imprensa tradicional, por exemplo, correm o risco de parecer desconectadas da realidade. É nas redes que as críticas explodem, os memes viralizam, os vídeos se espalham — e a marca pode ser destruída em tempo real.
Como evitar:
Monitore continuamente as redes sociais com ferramentas de escuta ativa.
Responda rapidamente aos principais questionamentos e não apague críticas sem critério, pois isso pode gerar mais barulho.
Tenha planos de conteúdo emergencial, preparados para situações adversas.
5. Não aprender com a crise
Por fim, muitas empresas até conseguem superar uma crise imediata, mas falham em algo essencial: olhar para trás e aprender com o que aconteceu. Isso significa identificar onde o erro começou, quais foram as falhas nos processos e o que pode ser feito para que o problema não se repita.
Sem esse momento de análise e reconstrução, o risco se mantém. O ciclo se repete. E, da próxima vez, a empresa pode não ter a mesma sorte.
Como evitar:
Inclua, no plano de crise, uma etapa obrigatória de avaliação pós-evento.
Aplique auditorias internas, colete feedbacks da equipe e elabore planos de ação corretiva.
Compartilhe os aprendizados com toda a organização — a crise precisa virar conhecimento interno.
A solução começa antes da crise
Todas essas ações têm um ponto em comum: elas precisam acontecer antes da crise estourar. Não dá pra criar plano de resposta no meio do incêndio. A preparação é o verdadeiro investimento — e é isso que transforma uma empresa vulnerável em uma organização resiliente.
Pensando nisso, criamos o treinamento GESTÃO DE CRISE PRÁTICA, uma formação intensiva para empresas e equipes que querem se preparar de verdade. Mais do que teoria, entregamos ferramentas, dinâmicas e análises de casos reais para ensinar como agir antes, durante e depois da crise.
Se sua empresa ainda não tem um plano estruturado, esse é o momento certo para agir.
Conclusão: crise não avisa — mas sempre deixa sinais
Os erros que mostramos aqui são, na verdade, oportunidades de prevenção. Toda crise traz sinais antes de acontecer. Toda crise deixa rastros depois que passa. E toda empresa tem a chance de escolher se quer liderar a resposta ou correr atrás do prejuízo.
Prepare sua equipe. Fortaleça sua reputação. Invista em prevenção. Porque, no fim das contas, crise bem gerida vira história. Crise mal gerida vira manchete.
Quem Somos
Gestão de Crise Prática é especializada exclusivamente em prevenção, resposta e recuperação de crises. Treinamos líderes, formamos comitês, desenvolvemos planos e comunicamos com precisão. Tudo com base em casos reais e estratégias que funcionam. Atendemos empresas de todos os tamanhos, de forma presencial ou online, com foco 100% prático.
Saiba mais: www.gestaodecrisepratica.com

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